sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Amor em gotas

Querido meu

Um dia a ti escrevi as mais puras rimas
dei-te meus cheiros,meus desejos, meus sons e cores

Te falei de mim, alegrias e dores,estampei a tela vazia com a melodia
que corria por minhas entranhas e veias
e dei-te de presente
Dei-te tanto... em tão curto espaço de tempo,há quem espera a vida inteira

Nesse tempo,vive você cada instante, e fui feliz alimentando-me gota a gota das atenções imaginarias

O que fizes-te com todos os meus gestos, meus segredos, meus desejo e declarações?
Dei-te toda a força do meu querer, do desejo e
da amizade que de mim jorrava abundantemente em palavras

Foste imaginário amor,foste imaginário amigo,a emotivaçao nas horas difíceis, minha verdade mais visível
minha ancora, minhas fantasias, o alivio na minha agonia,lenitivo imediato a minha dor, mesmo sem haver amor

Mas sumiste sem uma palavras,te escondes-te nas frases prontas,apagas-te teus rastros nas entre-linhas, por mais que eu tente, Tiago, não te encontro.
Sumiste qual miragens...

"Não quero mais sentir este nó
que sufoca meus olhos,
cega meu grito,
cala minha pele."

Não há mais lugar para perdas em mim, tu o sabes
nada mais contabilizo,
Compreendi que meros momentos
não levam a lugar algum.

Pois vai...
perde-te nos emaranhados
(do teu próprio vazio)
quem sabe um dia percebas
que estive ao teu alcance e
deixaste-me escapar.....talvez mesmo sem querer. Ainda assim, obrigada! San

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